A história da Frontiers Brasil começou no ano de 2005, mas é uma sequência da história da Frontiers internacional que já havia começado em 1983, quando um jovem por nome Greg Livingston, sente, em seu coração, um peso e uma paixão pelos povos muçulmanos. Percebendo, na época, que a maioria esmagadora das agências focavam em outros povos, por considerarem que os povos muçulmanos eram impossíveis de serem alcançados, dá início ao Movimento da Frontiers em direção aos muçulmanos.
O Movimento cresce e bases são estabelecidas na América do Norte, Estados Unidos e Canadá, depois Europa, Inglaterra, França, Suíça, Alemanha, Noruega, entre outros países europeus. Chega à Ásia, na Coréia, Filipinas e Hong Kong.
Quase ao mesmo tempo, uma parceria é feita com a FEDEMEC, a maior agência missionária da Costa Rica, na América Central. A partir daí o movimento da Frontiers começa a enraizar-se também na América de fala espanhola, vindo em seguida as bases do México e da Colômbia.
Depois de 22 anos de caminhada do Movimento da Frontiers, já com obreiros bastante experientes no trabalho entre os muçulmanos e mais de 150 equipes trabalhando nos campos, Abraham Duran, obreiro que tinha sido muito bem sucedido plantando igrejas entre os muçulmanos do Oriente Médio e deixado muitos seguidores de Jesus naquela região, toma para si a incumbência de abrir bases na América do Sul, especialmente Bolívia, Argentina e no Brasil.
Corria, então, aquele ano de 2005, sem saber das intenções de Abraham Duran, e sem nunca terem ouvido falar da Frontiers, dois pastores resolvem ir até a Bolívia visitar alguns obreiros brasileiros que trabalhavam naquele País, na cidade de Santa Cruz de La Sierra. Um deles era o pastor Josafá Moraes Pereira de saudosa memória.
Em lá chegando, entre as visitas que foram feitas, encontraram uma obreira brasileira que lhes disse ter uma amiga brasileira, casada com um francês que serviam numa Base da Frontiers da França. Era desejo deles que o Movimento também tivesse uma Base no Brasil. Indagava ela se os pastores não conheciam alguém que poderia assumir o trabalho de estabelecer esse Movimento no Brasil. Ambos disseram no momento não saber ou se lembrar de nenhuma pessoa com aquele perfil, no entanto, se soubessem de alguém, entrariam em contato. Era o final do mês de setembro daquele ano.
Retornando ao Brasil, já no mês de outubro, um dos pastores vai participar, do 5º Congresso Brasileiro de Missões na cidade paulista de Águas de Lindóia, juntamente com o doutor Cristiano Nitahara, médico que apoiava o trabalho dos obreiros e patrocinou a inscrição de alguns deles naquele Congresso.
Já no segundo dia do Congresso, passando por entre os stands das diversas organizações e agências, para surpresa deles, encontraram um stand onde se lia: Fronteras. Era o nome do Movimento da Frontiers na América espanhola.
Neste momento, sem pensar muito no que dizia, um deles afirma e pergunta para os dois homens que estavam no stand: “Creio que eu sei o que vocês vieram fazer aqui, vocês estão procurando um líder para ser o diretor dessa organização no Brasil?”
Eram eles, Abraham Duran e Vitório Ibadon, que ficaram muito surpresos com aquela colocação, pois, não tinham comentado com ninguém acerca do propósito da viagem e da participação deles no Congresso. Eles se entreolharam e perguntaram como aqueles brasileiros poderiam saber daquela informação que, até então, não era de conhecimento público, e são informados da recente viagem e da conversa com a obreira na Bolívia.
Aquele encontro, totalmente inesperado e surpreendente, preparado não pelas meras intenções humanas, mas, certamente, pela intervenção do Senhor da Seara, dá início ao Movimento da Frontiers no Brasil. Abraham e Vitório, entenderam que alí estava parte da resposta de sua missão no Brasil e de suas orações.
A partir daí, convidados por aqueles dois membros do Movimento da Frontiers na América Latina, começam os preparativos para a organização do escritório da Frontiers Brasil. Uma diretoria é constituída e eleita numa assembleia e inicia-se o Movimento brasileiro. O trabalho começa tímido e lento, mas, logo a primeira obreira, Hui Ling, é enviada para China.
Hoje, o Movimento está caminhando com mais desenvoltura, há muitos trabalhadores nos campos muçulmanos, lá, impulsionados pelo poder do alto, eles cumprem a missão de levar as Boas Novas, em obediência a Grande Comissão.